segunda-feira, 30 de julho de 2012

Perdoe-o



Perdoe este pequeno anjo que não aprendeu a esquecer o passado. Perdoe este pequeno anjo que sempre viveu num mundo imaginário, criando suas próprias censuras e em silêncio provando o gosto forte da amargura.
Um anjo que, contudo nunca livrou-se das feridas que sangrava e com o tempo só as acumulava. Não queira causar-lhe mais uma dor ao desatinar outra desilusão. Não. Não seja tão rude e sem paixão.
Você não imagina a vida solitária de um guarda que muito vê e pouco fala. Você não imagina o coração que palpita forte e constante quando lembranças desequilibram seu presente.
Perdoe um anjo que sujeitara inocentemente a não conhecer a flor que desabrocha num coração apaixonado por que nunca encontrara quem quisesse rega-la.

Este é um anjo...

Um anjo tão inocente de nunca ter o amor nas mãos; até hoje não livrou-se desse sentimento, que ele acredita ser mágico e perfeito como um filme de romance de férias, com final feliz.

Perdoe-o por ser apenas um anjo.

Ele é só mais um anjo que não se cansa de procurar
No céu, no infinito, nos sonhos, no mar...
Pobre anjo que anda a procurar...
Sabe Deus o que ele pode achar...
Chora sem motivos e sorrir sem vontade, sonha com medo e foi obrigado a se afastar dos próprios desejos.

Você não consegue imaginar o sangue derramado de um coração encharcado de ilusão. Você não imagina a angústia de uma alma sem reflexos de felicidade.

Este é um anjo...

Perdoe-o por ser...

Ele é só mais um anjo que ainda não cansou porque acredita...

2 comentários:

  1. Texto incrível!
    Palavras magníficas!!
    Uma perfeição singular *-*

    Parabéns, Daniella ^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. *---*
      Obrigada!
      Fico muito alegre quando gostam dos meus textos. =)
      Abraços!

      Excluir

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"Pra fazer poesia
tem que ter inspiração,

Se forçar...
Nunca vai ficar boa" - Vinícius de Moraes.

"Enquanto Eu tiver perguntas e não haver respostas... Continuarei a escrever"

- Clarice Lispector.

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Meu mundo infinito particular:

Eu, somente eu
Escrito por mim sozinho
Ninguém mais do que eu
Minha voz, sou eu sozinho

De fato é difícil conviver assim
Com tudo aquilo que eu quero de mim
De fato é pesado ter que aceitar
Toda a realidade que sinto no ar

Por isso a poesia não me abandonou
nunca Me deixou
Por isso a poesia não me abandonou
nunca me deixou - A Poesia e Eu #Catedral.


Música e poesia, uma combinação perfeita para que eu entre nesse meu mundo particular, onde a natureza faz rimas só pra mim, e eu vivo infinitas possibilidades.

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