No fim de uma noite fria e banal
Com apenas uma nota na carteira
Me vejo um indivíduo marginal
Não há no mundo alguém que me queira.
Entro no primeiro boteco aberto
Vou brindar com desconhecidos
Cansei de ter feito tudo certo
No fim sempre tive o coração partido.
Garçom, me traga um copo cheio
Me traga também uma cachaça
Vou aproveitar como criança no recreio
Vou esquecer toda minha desgraça.
Um brinde ao fim do meu amor!
Um gole quente descendo pela garganta
Eu fico a pensar no teu calor
E é isso o que mais me espanta!