quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Restos de nós dois




Hoje abri aquela caixinha onde guardo os nossos segredos, faz tempo que não a visitava por puro medo. Encontrei lá dentro, restos de nós dois. Reli as tuas cartas, aquelas que falavam do teu amor, onde descrevias a tua paixão por mim e por um momento incendiei por dentro.

Depois encontrei aquele desenho... Quando desenhaste um coração e escreveste o nosso nome em letras enormes e assim, o coração que bate dentro do meu peito, bateu insatisfeito. Remexi ainda mais na caixinha e achei uma flor, aquela que tu me deste quando me disseste pela primeira vez “eu amo-te” e descobri que ela secou, por pura falta de amor. Depois bem lá no fundo encontrei perdido aquele coração partido que andava pendurado no meu pescoço, pensei então na outra metade, onde andaria? Será que ela ainda existia?

Achei também aquela mensagem que dizias que a vida sem mim, não tinha sentido, em que nada valia a pena no dia que não falávamos, lembrei-me do teu sorriso quando me encontraste, eu amei esse sorriso! O sorriso que jamais esquecerei. Também achei um bilhete a pedires desculpas por um momento de tensão e lembrei-me que te dei esse perdão com a maior emoção. Em seguida achei um papel com aquela canção que tu cantavas para mim antes de adormecer, aí delirei de prazer por ti. A letra dessa música que quando ouvíamos, dizias-me que seria a nossa canção e eu cantei-a baixinho por um breve minuto. Depois de já estar com o coração estraçalhado, achei aquele e-mail que tu me enviaste a falar do fim, que tinha acabado que estava tudo terminado. Poucas linhas, rápidas palavras, como se a nossa história tivesse sido transitória.

Ardi de dor, enterrei-me na saudade, depois tranquei a caixinha e parti para a minha realidade fingindo a todos não viver na agonia, mas na verdade o que eu queria era morar dentro daquela caixinha, junto com o meu coração que já vive lá, afinal desde que tu me deixaste foi o único lugar que ele encontrou para continuar a bater.


sábado, 13 de agosto de 2011

Sem Título


- Vendo post no painel de meu blog, li um que estava sem título e, de repente, me veio em mente a idéia de fazer um post com o título “Sem Título”. Surgiram então as ideias...

                                                                                        Sem título;
Sem rumo;
Sem alegria;
Sem sono;
Sem sentido;
Sem risos;
Sem carinho;
Sem nada...

Só vácuo;
Só asfalto;
Só tristeza;
Só insônia;
Só dúvidas
Só choro;
Só desprezo;
Só lágrimas...

                                             Sem título, sem nada!
                                             Só vácuo, só lágrimas!

"Pra fazer poesia
tem que ter inspiração,

Se forçar...
Nunca vai ficar boa" - Vinícius de Moraes.

"Enquanto Eu tiver perguntas e não haver respostas... Continuarei a escrever"

- Clarice Lispector.

Powered By Blogger

Powered by FeedBurner

Meu mundo infinito particular:

Eu, somente eu
Escrito por mim sozinho
Ninguém mais do que eu
Minha voz, sou eu sozinho

De fato é difícil conviver assim
Com tudo aquilo que eu quero de mim
De fato é pesado ter que aceitar
Toda a realidade que sinto no ar

Por isso a poesia não me abandonou
nunca Me deixou
Por isso a poesia não me abandonou
nunca me deixou - A Poesia e Eu #Catedral.


Música e poesia, uma combinação perfeita para que eu entre nesse meu mundo particular, onde a natureza faz rimas só pra mim, e eu vivo infinitas possibilidades.

Inscreva-se

FeedBurner FeedCount

NOTA

A maioria das imagens inseridas nas postagens deste blog são retiradas da internet, sem a menor intenção de adquirir os direitos autorais destas. Assim, se alguém sentir-se prejudicado ou incomodado com o uso de sua imagem, entre em contato* e a imagem receberá os devidos créditos ou será retirada deste blog, como o possuidor dos direitos desejar.

*Ver aba de contatos.